Como os humanos, as aranhas se movem contraindo os músculos ligados ao esqueleto. Mas, ao invés de um esqueleto interno coberto por carne, as aranhas têm um exoesqueleto, uma estrutura rígida de apoio por fora do corpo os segmentos do exoesqueleto são unidos por juntas, para que a aranha possa movê-los para frente e para trás os músculos ligados ao interior do exoesqueleto se contraem para mover as pernas para dentro.
Mas as aranhas não possuem nenhum músculo para mover as pernas para fora. Ao invés disso, elas precisam forçar fluidos corporais – principalmente sangue – às pernas para empurrá-las para fora. Se uma aranha perde muita água, ela não consegue gerar a pressão hidráulica necessária para empurrar suas pernas para fora. É por isso que de vez em quando você pode ver aranhas de costas com as pernas enroladas para cima.
O exoesqueleto é feito de várias camadas de cutícula, um material composto contendo várias proteínas, e quitina, um polisacarídeo de cadeia longa (açúcar). A quitina e as moléculas de proteína são arranjadas em longas cadeias, em camadas sucessivas, como as partículas de madeira em um compensado. Essa estrutura deixa a cutícula extremamente forte e muito eficiente ao impedir que a aranha fique seca, mas tem uma séria desvantagem.
Mesmo sendo flexível o suficiente para permitir o movimento, ela não pode se expandir como os ossos e tecidos humanos. Em outras palavras, não pode crescer. Para aumentar de tamanho, a aranha tem que formar um novo e maior exoesqueleto de cutícula e largar o velho. Isto é chamado de muda. A muda acontece freqüentemente quando a aranha é jovem e, muitas delas, podem continuar a fazer a muda por toda a vida.
Na época apropriada, os hormônios dizem ao corpo para que absorva um pouco da camada mais inferior da cutícula e que comece a secretar mais cutícula para formar um novo exoesqueleto, que é dobrado de certa forma para que possa se expandir assim que a aranha perder o antigo. A aranha também secreta um fluido de muda entre o exoesqueleto antigo e o novo. Assim que o novo está terminado, a aranha absorve o fluido. Isso cria um espaço entre os exoesqueletos e torna mais fácil a separação dos dois.
Micaria romana: embora estas aranhas tenham oito pernas e dois segmentos corporais, como todas as demais espécies, elas lembram superficialmente suas presas principais, as formiga pra largar o exoesqueleto velho, a aranha precisa escapar de dentro dele. Isso aumenta a taxa de hemolinfa (sangue da aranha) que o coração bombeia do abdômen para o cefalotórax. A pressão faz o cefalotórax se expandir, empurrando o exoesqueleto velho até que ele se abra.
A aranha flexiona então seus músculos até que ele caia. Normalmente, a maior parte do crescimento da aranha acontece logo depois de perder o exoesqueleto antigo, enquanto o novo está bem flexível. Nesse estágio, o novo exoesqueleto é bem macio, deixando a aranha bastante vulnerável a ataques. Muitas espécies se penduram em uma linha de seda durante o processo de muda, ficando fora do alcance de predadores enquanto a cutícula endurece.
Aranhas saltadoras: As aranhas saltadoras, como é de se esperar, têm a habilidade de saltar grandes distâncias, até 50 vezes seu próprio tamanho. Elas não possuem músculos fortes nas pernas; elas na verdade saltam para frente usando pressão hidráulica. Um músculo poderoso no cefalotórax envia fluidos do corpo para as pernas para fazê-las se expandirem.
Com mais de 5 mil espécies pelo mundo, as aranhas saltadoras são a variedade mais comum. Elas se caracterizam pelos grandes olhos, que ajudam na localização da presa a uma boa distância. A maioria caça como os gatos, espreitando suas presas e então saltando sobre elas em alta velocidade.