Desinsetização – Repelente Natural Contra Insetos
Conheça algumas plantas que tem o poder de afastar os insetos naturalmente do ambiente.Você sabia que citronela, capim limão, melaleuca e alecrim possui a capacidade de repelência contra os insetos rasteiros e voadores? O uso de plantas medicinais pela população mundial tem sido muito significativo nos últimos tempos.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que cerca de 80% da população mundial faz uso de algum tipo de erva na prevenção contra insetos transmissores de doenças como: dengue, filiariose, malária, leishmaniose, dentre outras. Essas ervas também foram utilizadas em larga escala na busca de alívio para alguma sintomatologia dolorosa ou desagradável causada pelas doenças citadas.
Desse total, pelo menos 30% deu-se por indicação médica. A utilização de plantas medicinais, tem inclusive recebido incentivo da própria OMS. São muitos os fatores que vêm colaborando no desenvolvimento de práticas de saúde que incluam plantas medicinais, principalmente econômicos e sociais. A resistência a inseticidas convencionais utilizados no serviço de dedetização é um dos principais obstáculos ao controle de insetos.
Pestes de importância na agricultura e na medicina. A resistência resulta no aumento da frequência de aplicação de inseticida das dedetizadoras, dosagens crescentes, rendimentos diminuídos, danos ambientais e aparecimento de doenças, quando os vetores não podem ser controlados. Segundo a OMS, o custo da resistência de insetos a inseticidas pode alcançar anualmente US$ 1,4 bilhões nos Estados Unidos.
Plantas, como organismos que co-evoluem com insetos, pragas urbanas e outros organismos, são fontes naturais de substâncias inseticidas e antimicrobianas, já que as mesmas são produzidas pelo vegetal em resposta a um ataque patogênico. Dentre a propriedade destas substâncias podemos citar suas capacidades com inseticida e repelente, matando insetos de “corpo mole” (formas larvas e jovens) e repelindo os ditos de “corpo duro” (insetos adultos e alados).
Inúmeras substâncias acumulam-se no vegetal para sua defesa contra microrganismos, algumas delas sendo denominadas de fitoalexinas. As plantas sintetizam e emitem inúmeros compostos voláteis (ácidos, aldeídos e terpenos) para atrair polinizadores e se defender de herbívoros, as plantas desenvolveram dois tipos de defesa, a direta e indireta.
Na defesa direta: estão envolvidas substâncias como sílica, metabólicos secundários, enzimas e proteínas, além de órgãos como tricomas e espinhos que afetam diretamente a performance do inseto. Na defesa indireta: estão envolvidas substâncias emitidas pela planta, que atraem parasitas e predadores do inseto filófago. Terpenos e fenilpropanóides voláteis sintetizados por espécies vegetais podem ter, dependendo do inseto em análise.
Nos últimos anos, óleos essenciais obtidos de plantas têm sido considerados fontes em potencial de substâncias biologicamente ativas. Ênfase tem sido dada às propriedades antimicrobiana, antitumoral e inseticidas de compostos voláteis, além de sua ação sobre o sistema nervoso central.
Os óleos essenciais obtidos, por exemplo, de alecrim (Rosmarinus officinalis), capim limão (Cymbopogon citratus), citronela (Cymbopogon winterianus), eucalipto (Eucaliptus ssp), melaleuca (Melaleuca alternifolia) e cânfora (Cinnamomum canphora) são muitas vezes eficazes como inseticidas. Pequenas quantidades já são suficientes para causar a morte ou repelência de inúmeros insetos.
O uso desses produtos não serve como substituto as ações de controle de vetores e pragas urbanas, mas funcionam como ferramenta complementar às mesmas, principalmente, no aspecto de prevenção contra novas infestações, o que torna o ambiente mais seguro, limpo e com um agradável odor natural. Uma bela maneira de trazer a natureza para dentro de sua empresa, sem incômodo e perigo da presença de insetos.
Desinsetização – Outros exemplos clássico de repelência contra insetos
O estudo dos princípios ativos extraídos das flores do piretro (Chysanthemum cinerariaefolium), as piretrinas, tem dado origem a muitas substâncias análogas, mais eficientes como inseticidas, que vêm sendo sintetizadas e comercializadas há mais de uma década. A molécula original foi modificada para possibilitar a aplicação no campo, e melhorar seu desempenho como inseticida. Essas substâncias resultantes das modificações moleculares.
São conhecidas como piretróides e recebem nomes comerciais diversos, como por exemplo, bioaletrina, biorresmetrina, transpermetrina, deltametrina, cipermetrina, ciflutrina, flumetrina, fenpropatin, cialotrina, bifentrina, teflutina, cialotrina, entre outros. Mais recentemente, vem sendo propagada a utilização da planta conhecida como “nim” (Azadirachta indica, da família das Meliáceas), que tem origem asiática.
No Brasil já existem plantações dessa árvore em algumas regiões, como nordeste, centro-oeste, e sul do país. Como seu princípio ativo é uma molécula complexa, de difícil síntese, aplica-se os extratos das folhas ou frutos, como inseticida. O fruto é a parte mais rica em princípios ativos, mas sua produção é limitada. Já existem produtos comerciais à base do nim, para aplicação em controle de insetos.
Desinsetização – Substâncias voláteis
Uma classe de substâncias que tem merecido muito atenção, são as das substâncias que fazem parte do óleo essencial de algumas plantas. Os óleos essenciais ou óleos voláteis estão presentes nas plantas aromáticas e podem apresentar atratividade atraente, repelente, e até tóxica a insetos e microrganismos. Exemplo do uso desse óleo já são observados no dia a dia, como é o caso do óleo citronela, como repelente de insetos.
Esse óleo tem como componente principal, a substância Citronellal, presente em algumas espécies de plantas.As mais ricas nessa substância são o capim citronela (Cymbopogon nardus e C. winterianus) e uma espécie de eucalipto, o Eucaliptus cintriodora, mas pode ser encontrada em menor concentração em outras espécies, de outras famílias de plantas.