Desinsetização semestral é obrigatória para condomínios
Todo condomínio deve passar, pelo menos a cada seis meses, por um serviço especializado de desinsetização e dedetização. O objetivo é se livrar de insetos e roedores indesejáveis e manter a saúde dos moradores. Apesar da limpeza diária, é necessário um cuidado maior de tempos em tempos.
Para garantir a higienização das áreas comuns e assegurar o bem-estar de todos.A desinsetização deve ser realizada principalmente nas áreas comuns dos prédios, como salão de festas, churrasqueiras, garagens, corredores. Os meses de outubro e novembro são ideais para dedetização.
Pois é na primavera e início de verão, que ocorrem os períodos de acasalamentos e formação de novas colônias de baratas, cupins, mosquitos e ratos. Para diagnosticar o ciclo correto, é preciso avaliar o tamanho do condomínio, as áreas ao redor, contratando uma empresa séria que não vise somente lucros.
Procedimento aplicado
Para a realização da desinsetização, é preciso que a administração do prédio determine data e hora, para que os condôminos possam se preparar. O local precisa estar liberado, sem a presença de pessoas e animais. Enquanto os técnicos aplicam os produtos químicos.
A orientação é que os moradores fiquem dentro dos apartamentos. Crianças e animais de estimação são mais sensíveis, por isso todo o cuidado com o cheiro forte deve ser tomado. As pessoas que são alérgicas não podem passar pelo local por três horas depois da desinsetização.
Faça a sua parte
Por mais que o condomínio dedetize todas as áreas comuns, o condômino precisa fazer sua parte para não atrair pragas e insetos. Portanto, é fundamental fazer a desinsetização também dentro das casas e apartamentos dos condomínios. Se possível seguindo o mesmo calendário de dedetização do condomínio.
Como escolher uma desinsetizadora?
As atividades de empresas que oferecem o serviço de desinsetização são rigorosamente controlados pelo governo. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as empresas têm de ser legalmente constituídas e licenciadas pelos órgãos competentes de saúde e do meio ambiente.
Somente essas empresas e profissionais autorizados podem adquirir e manusear alguns produtos químicos saneantes, de venda controlada pelo Ministério da Saúde.
Condomínios deve seguir algumas regras
Animais são vetores de doenças:
Ratos, baratas, formigas, moscas, pernilongos, cupins. Desde que o mundo é mundo, esses animais convivem com o homem. Mas esta nunca foi uma convivência harmoniosa: vetores de doenças, muitas delas fatais, eles ameaçam nosso bem-estar e de nossas famílias.
Também causam desconforto com seus zumbidos, picadas doloridas e presenças sempre ameaçadoras. Lutamos contra eles utilizando todos os recursos possíveis, da trivial chinelada aos mais sofisticados produtos químicos. Temos levado vantagem nas batalhas, mas nunca chegamos perto de vencer a guerra.
Por isso, não podemos baixar a retaguarda. Cuidados, prevenção e combate constante e consistente são nossas armas contra esses “inimigos íntimos”.Nessa luta no âmbito dos condomínios, cabe aos síndicos desempenharem o papel de “generais inteligentes” – isto é, do tipo que não menospreza a grandeza do oponente.
Cupins, por exemplo, se dividem em diferentes tipos e todos eles são muito bem organizados. “A subespécie mais feroz é a dos coptotermes, também chamados de cupins subterrâneos”, explica José Aparecido Soares de Campos, diretor comercial da Desintec, empresa especializada em controle de pragas.
“Eles vivem em sociedade, de maneira extremamente organizada. São muito sensíveis à luz, por isso formam seus ninhos no solo ou em locais escuros e protegidos. Para obterem seu alimento, que é a celulose, são capazes de perfurar qualquer material, inclusive concreto”.
Informa, acrescentando que, por este motivo, muita gente se equivoca pensando que os coptotermes “comem” cimento, quando na verdade todos os tipos de cupins se alimentam a partir da madeira. “O que os operários e soldados fazem é um trabalho em equipe.
Um regurgita a celulose conseguida para o outro, até que o alimento chegue à rainha. Esta produz 6 mil ovos por ano e chega a viver 30 anos”, adiciona Campos, lembrando que, além da pulverização de produtos para eliminar os adultos, pode ser necessária a aplicação de larvicidas.
Com inimigos tão poderosos, o condomínio não pode falhar. “Nem a mais benfeita das dedetizações acaba de vez com todos os insetos se os problemas estruturais não forem resolvidos”, esclarece Anderson Aparecido Gonçalves de Jesus, gerente operacional da Júpiter, empresa que, além do combate às pragas.
Realiza trabalhos como o de desentupimento e limpeza de tanques. “Os produtos matam 100% das pragas que infestam o local e criam uma barreira química, mas poderá haver reinfestação se não forem solucionados problemas como os buracos nas paredes.
Empresas sérias –
Perigosas também são as empresas que operam irregularmente no ramo. “Existem cerca de duas mil empresas atuando na área, e só 5% são regulares”, revela Campos, da Desintec. O biólogo Sérgio Bocalini, vice-presidente executivo da Associação dos Controladores de Vetores e Pragas Urbanas (Aprag).
É taxativo: “Os prédios devem se preocupar em contratar empresas controladoras de pragas legalizadas. A companhia deve possuir licença de funcionamento expedida pela Vigilância Sanitária, manter um técnico responsável.
Que pode ser um biólogo, engenheiro agrônomo, engenheiro florestal, veterinário, químico ou farmacêutico, e estar com a empresa registrada junto ao conselho a que pertence o técnico responsável.”
Dicas importantes
Dedetização e desratização são procedimentos seguros se forem feitos por uma empresa de confiança. Desde a época do DDT, que foi um grande mal, o mercado químico vem trabalhando em produtos que são altamente voláteis diante da luz ultravioleta (isto é, rapidamente degradáveis mediante a exposição ao sol).
A ideia é não saturar o ambiente com o produto. Ele tem uma dose letal, mas é seguro se fossem obedecidas regras de segurança, como deixar o ambiente livre de pessoas e animais por um determinado tempo.Dedetização preventiva: mesmo sem infestação de pragas.
O condomínio pode e deve providenciar a dedetização semestralmente. E, durante a vigência da garantia (normalmente, de 3 meses), pode-se chamar a controladora para eventuais reforços.Barata é questão de saneamento. Num prédio em que o tratamento preventivo não é feito.
As baratas buscam abrigo nas áreas comuns do condomínio.O uso de óleo de citronela nas áreas comuns do edifício, ou mesmo a manutenção de vasos com citronela plantada, ajudam a manter distantes pernilongos e mosquitos, incluindo o Aedes Aegipty, o grande vilão causador da dengue.
Ao contratar uma empresa controladora, o consumidor/síndico deve sempre solicitar a proposta por escrito, contendo os métodos de tratamento, produtos utilizados e garantias. É importante pedir ao fornecedor que apresente os comprovantes de treinamento dos funcionários.