Cupinzeiros Ocupam Espaço Que é Do Gado
Muita gente tem urticária só de ouvir falar em cupim. Infestação em casa gera transtorno, mas esse inseto também costuma incomodar na zona rural, principalmente quando os montículos feitos por cupins ficam no meio do pasto ou da área para cultivo, atrapalhando a passagem de máquinas e animais.
Edilson Banhato cria gado em Mirassolandia (SP) contou para o Nosso Campo que está preocupado. Os cupinzeiros surgiram em vários pontos do pasto e, segundo o produtor, isso está dificultando o controle de ervas daninhas e diminuindo o espaço dos animais. Nesta época do ano, os cupinzeiros aparecem com mais frequência por causa do período chuvoso. A Embrapa catalogou mais de 200 espécies no Brasil.
Algumas das espécies encontradas em pastagens são conhecidas como siriris ou aleluias. O agrônomo Carlos Roberto Geraldo explica que depois da revoada, os cupins soltam as asas, acasalam e formam uma outra colônia. A casa subterrânea dos insetos chega a ser duas vezes maior do que a parte que pode ser vista acima do pasto.
Na fazenda do pecuarista Osmair Guareschi em Nova Granada (SP), os funcionários estão trabalhando duro para eliminar os cupinzeiros. Eles quebram os montículos com um enxadão e aplicam um cupinicida. Para Osmair, isso está dando resultado, além de ser uma ação prática e barata.
Para acabar com os cupinzeiros, os agrônomos recomendam que seja feito um controle químico antes da reforma da pastagem. O uso de inseticidas elimina o ninho em até 15 dias.
Áreas verdes ameaçadas por cupins
Bem adaptado em ambientes urbanos, os cupins se tornaram uma ameaça não só para as residências, mas para as áreas verdes. Em Campos, na maioria das árvores da Praça do Liceu de Humanidades, oficialmente denominada de Barão do Rio Branco, — uma das mais tradicionais da cidade —, há sinais da manifestação dos cupins.
Segundo os especialistas, os insetos comem o cerne das árvores, onde instalam seus ninhos. Ocas, elas podem cair com facilidade durante os temporais, representando riscos para as pessoas e bens materiais. O Brasil tem cerca de 300 espécies de cupins. Na área urbana, as duas espécies mais comuns no Sudeste são o Coptotermes gestroi e Cryptotermes brevis.
Sendo a primeira originária da Ásia. Esta espécie asiática foi introduzida no Brasil por navios com madeira contaminada e infestou as cidades portuárias antes de 1920. A prefeitura de Campos informou que, o setor de arborização da secretaria de Desenvolvimento Ambiental realiza um trabalho de tratamento corretivo em relação a infestações de cupins em locais públicos.
Como rege o Código de Arborização do Município. Segundo o gerente de Arborização Urbana, Wilson Duarte, a espécie predominante de cupim no município é o alófago, que se alimenta de material orgânico e é encontrado em cerca de 90% dos casos de infestação em árvores no município. Considerando a denúncia de presença de cupim no Jardim do Liceu.