Dermatite Alérgica à Picada de Pulgas – A DAPP pode provocar até mesmo a morte do pet. Se diagnosticada corretamente, o tratamento é simples e rápido.
Portanto, muito cuidado com as pulgas que costumam infestar o seu animal de estimação. O início da DAPP (Dermatite Alérgica à Picada de Pulgas) se dá com a picada da pulga, que inocula a saliva com vários alérgenos (em torno de 15) na pele do animal, desencadeando uma reação alérgica.
Isso acontece porque os alérgenos presentes na saliva da pulga estimulam o sistema imunológico do animal a produzir uma série de substâncias ou mediadores inflamatórios que desencadeiam um prurido alto. Por isso, basta a picada de uma única pulga para o cão ou gato alérgico manifestar os sinais da enfermidade.
Alguns animais apresentam grande sensibilidade à picada de pulgas, desenvolvendo hipersensibilidade aos alérgenos inoculados na pele. Já outros – a minoria – podem apresentar grande quantidade de ectoparasitas, mas pouco prurido.
Comum em regiões de clima tropical, como o Brasil, onde a temperatura e a umidade favorecem a proliferação da pulga, a dermatite alérgica a picada de pulgas é mais frequente na primavera e no verão. Entretanto, é importante ressaltar que essa regra não deve ser levada à risca.
Em regiões mais frias, em que as estações do ano são bem definidas, é possível perceber com mais nitidez a diferença do ciclo das pulgas. Elas não gostam de se reproduzir em temperaturas muito baixas, preferindo épocas com variação de 18°C a 30°C e umidade entre 70% e 80%. Assim, optam pela primavera ou verão.
No entanto, como na maior parte do Brasil as estações não são bem definidas, é possível encontrar pulgas durante todo o ano. Por isso, deve-se cuidar sempre dos animais.
Prevenção e controle da dermatite alérgica à picada de pulgas
Evitar que os animais de estimação sejam infestados por pulgas é a melhor alternativa contra a dermatite alérgica a picada de pulgas (DAPP). Para isso, existem no mercado os mais diversos tipos de pulicidas, com métodos de aplicação e tecnologia distintos. A maioria são produzidos por laboratórios renomados que a cada ano vão aperfeiçoando os produtos atingindo um maior grau de eficiência e segurança.
E a atenção deve ser tanto para animais que têm acesso à rua, como para aqueles que ficam restritos apenas à casa dos donos. Pois é sabido que os carrapatos podem migrar de um imóvel infestado para o outro.
É imprescindível que o local também seja controlado contra as pulgas, uma vez que cerca de 5% do total desses insetos estão no animal e os outros 95% ficam no ambiente, como gramado, casinha, frestas do piso, pilhas de papéis, tapetes e carpetes, seja na forma de ovos, larvas ou de pupas. Para isso, solicite mais informações de uma dedetizadora de sua confiança, sobre os procedimentos da dedetização.
Sinais clínicos de dermatite alérgica à picada de pulgas
A coceira provocada pela DAPP, que varia de moderada a intensa, pode levar ao desenvolvimento de lesões secundárias, como escoriações, feridas com secreção sanguinolenta e crostas.
Há ainda o aparecimento de áreas falhas na pelagem ou ausência completa de pelos (alopecia), principalmente nas regiões lombo-sacral, abdômen, cauda e face caudal dos membros posteriores, embora às vezes isso possa ser generalizado. Somado a todos esses sintomas, é possível ainda o surgimento de infecções fungicidas e bacterianas secundárias.
O diagnóstico é mais fácil em animais de pelagem clara, já que é possível a visualização dos excrementos das pulgas. Pontos pretos espalhados pelo corpo do animal (fezes de pulgas), muito prurido, rarefação pilosa na região dorsal e genital, pápulas (formações sólidas de até 1 centímetro), estresse, inquietação, infecção bacteriana secundária, auto- mutilação e verminose (Dypilidium caninum) associada à anemia são alguns dos sinais clínicos que, associados, formam o quadro.