Mosquitos Perigosos: Insetos Que Trazem Doenças
Além disso, pesquisadores e biólogos constataram que, nos últimos anos, a praga não precisa mais de grandes quantidades de água para depositar seus ovos. Basta apenas a quantidade de uma tampinha de garrafa com água! E a água, que antes precisava ser limpa, agora também não é mais um requisito.
A fêmea também deposita ovos em águas sujas. A praga também alargou o seu perímetro de voo, o que ajuda a ampliar sua presença em mais regiões.
O Ciclo De Vida Do Mosquito E Algumas Curiosidades”’
O acasalamento normalmente ocorre nas imediações ou dentro das habitações do mosquito, alguns dias após atingir a fase adulta. Para garantir o desenvolvimento dos ovos, a fêmea alimenta-se de sangue. É nesta fase que ela pode transmitir doenças virais. As fêmeas depositam os ovos no ambiente.
Cerca de 3 dias após a ingestão de sangue. Elas procuram locais onde haja água e desovam bem próximo à superfície dela. O mosquito desova em vários locais diferentes, para assim preservar sua espécie. Há grande possibilidade dos ovos de fêmeas infectadas já nascerem com o vírus.
Os ovos podem resistir até 450 dias sem água, o que se torna uma grande vantagem para a espécie se perpetuar. Ao entrar em contato com a água o ovo se torna ativo e passará ao próximo estágio, a larva e, logo em seguida na pupa. Depois de sair da pupa, o mosquito adulto já pode se reproduzir.
O tempo total do ciclo (de ovo à fase adulta) é de aproximadamente 10 dias. A fêmea do mosquito vive de 30 a 45 dias, tempo suficiente para infectar mais de 300 pessoas, e colocar mais de 400 ovos.
Por Que Me Preocupar Com A Presença Do Aedes Aegypti?
A presença do mosquito deve ter nossa atenção, pois esta praga pode transmitir por sua picada três doenças graves: a Dengue, o Zika Vírus e a Chikungunya. As três infecções causam sintomas parecidos, e, se os doentes não forem tratados, podem chegar a falecer.
Como Combater A Reprodução Do Mosquito?
Algumas medidas simples podem ser tomadas para que o inseto não encontre facilidade na sua reprodução. Manter a caixa d’água limpa e bem vedada. Varrer áreas externas, eliminando acúmulo de lixo. Eliminar locais com água parada, tais como pneus, pratos de plantas, toneis, baldes, entre outros.
Colocar o lixo em sacos, amarrar e levar à calçada no dia da coleta. Não jogar lixo na rua. Estas são apenas algumas medidas preventivas. Para eliminar completamente o Aedes Aegypti de sua casa e evitar o seu retorno, recomendamos a contratação do serviço de dedetização.
Aedes Aegypti
Mosquito está no centro de epidemias. por que ele é tão perigoso combate ao mosquito dengue, zika, vírus e chikungunya são repelentes eficazes. Há um grande esforço em curso para eliminar os criadouros do mosquito. Mas isso significa que esses insetos – ou ao menos suas espécies mais perigosas para os seres humanos.
Deveriam ser totalmente exterminados? Existem no mundo 3.500 espécies conhecidas de mosquitos, mas a maior parte deles não incomoda os humanos, vivendo de plantas e néctar de frutas. São apenas as fêmeas de 6% das espécies que sugam o sangue de humanos para ajudá-las a desenvolver seus ovos.
Entre elas, apenas metade carrega parasitas que causam doenças em humanos. Mas o impacto dessas cem espécies é devastador. “Metade da população global corre risco de contrair uma doença transmitida por mosquitos”, diz Frances Hawkes, do Instituto de Recursos Naturais da Universidade de Greenwich.
Mosquitos mortais
Aedes aegypti – transmite doenças como a zika, febre amarela e dengue; originário da África mas encontrado em em regiões tropicais e subtropicais pelo mundo
Aedes albopictus – transmite doenças como febre amarela, dengue e febre do Nilo; originário do Sudeste Asiático mas é encontrado em regiões tropicais e subtropicais pelo mundo
Anopheles gambiae – também conhecido como mosquito africano da malária, a espécie é uma das maiores transmissoras da doença
A bióloga Olivia Judson apoia o extermínio de 30 espécies de mosquitos. Ela diz que isso poderia salvar um milhão de vidas e só diminuiria a diversidade genética da família dos mosquitos em 1%. “Deveríamos considerar essa possibilidade”, disse ao New York Times. Na Grã-Bretanha.
Cientistas da Universidade de Oxford e a empresa de biotecnologia Oxitec modificaram geneticamente os machos do Aedes aegypti, fazendo com que carregassem um gene que faz com seus filhos não se desenvolvam corretamente. A segunda geração morre antes de se reproduzir e começar a transmitir as doenças.
Experiências
Cerca de três milhões desses mosquitos geneticamente modificados foram soltos nas Ilhas Cayman entre 2009 e 2010. Segundo a Oxitec, houve uma redução de 96% no número de mosquitos se comparado a áreas próximas. Uma experiência semelhante que está sendo feita na cidade de Jacobina.
Mas existe algum efeito colateral decorrente da eliminação de mosquitos?
Phil Lounibos, entomólogo da Universidade da Flórida, acredita que sim. Para ele, um amplo processo de erradicação seria “perigoso e poderia ter efeitos indesejados”. Primeiro, porque os mosquitos, que se alimentam principalmente de néctar de plantas, são polinizadores importantes.
Depois, porque eles também servem de alimentos para pássaros e morcegos e suas larvas são consumidas por peixes e sapos. Por isso, sua erradicação poderia ter efeitos em toda a cadeia alimentar na avaliação de Lounibos. Há quem acredite que esses dois papéis dos mosquitos.
Na cadeia alimentar e como polinizadores – poderiam ser rapidamente ocupados por outros insetos. “Não ficamos em uma ‘terra arrasada’ toda vez que uma espécie desaparece”, diz Judson. Para Lounibos, porém, o fato desse nicho ser preenchido por outra espécie é parte do problema.
Ele alerta para a possibilidade de os mosquitos serem substituídos por insetos “igualmente ou ainda mais indesejados do ponto de vista de saúde pública”. E diz que, no caso, a substituição poderia até disseminar mais doenças, e de forma mais rápida do que ocorre hoje.
Conservação
Na avaliação do escritor de ciência David Quammen os mosquitos ajudam a limitar o impacto destrutivo dos homens na natureza. “Mosquitos fazem florestas tropicais serem praticamente inabitáveis para os humanos”, diz. Ele lembra que essas florestas, que abrigam um grande número de espécies.
Estão sob forte ameaça de destruição. “Nada fez mais para retardar essa catástrofe nos últimos 10 mil anos que a ação dos mosquito”, diz Quammen. Além disso, destruir uma espécie não é um assunto apenas científico, mas também filosófico. Há quem argumente que é inaceitável.
Eliminar deliberadamente uma espécie apenas porque ela é perigosa para os humanos, quando os humanos são perigosos para tantas espécies. “Nessa linha, (eliminar os mosquitos) seria moralmente errado”, diz Jonathan Pugh, do Centro Uehiro de Ética Prática da Universidade de Oxford.