Um Novo Jeito De Proteger As Crianças Dos Mosquitos
Convencer uma criança a passar repelente nem sempre é das tarefas mais fáceis. No entanto, um projeto da empresa especializada em microencapsulamento Ananse Química, realizado em parceria com a RJR Editora e a agência de criação Little George, promete salvar o dia de mães e pais Brasil afora no futuro.
É que o trio uniu forças para doar kits compostos pelo primeiro volume da série “Guerreiros da Amazônia” (histórias sobre um grupo de mocinhos que lutam pelo meio ambiente) e por um livro para colorir, uma caixa de giz de cera e uma capa de super-herói.O segredo para espantar insetos? Todos os produtos possuem microcápsulas de óleos.
De citronela, neem e cravo, acionadas durante o manuseio. A ação dessas substâncias naturais dura até três meses, dependendo da frequência de uso dos itens. “Nosso objetivo é construir um projeto social que possa ajudar familiares e cuidadores a protegerem os pequenos de doenças como malária, febre amarela e dengue”, diz Claudia Galvão.
A distribuição começou pelo Pará, na pequena comunidade de Tapara Miri, escolhida com apoio do Ipam (Instituto de Pesquisas da Amazônia), que também testou previamente os produtos. Cerca de 20 mil kits devem ser entregues até o final do ano e a iniciativa será estendida para outras regiões com foco na incidência de doenças.
Transmitidas por mosquitos. Ainda não há previsão para a comercialização dos kits. Embora o que chame mais atenção seja de fato o uso de repelentes em livros, vale destacar que as obras pretendem combater os mosquitos por meio das histórias em si. A proposta é ensinar as crianças, de maneira lúdica, a importância de certas atitudes.
Na contenção de epidemias. E não precisa se preocupar com o risco de intoxicação, viu? Além de só conter componentes naturais, a fórmula possui um ingrediente com gosto amargo justamente para evitar que a criançada coloque os produtos na boca. Em barra, tal qual um desodorante roll on.Em comparação aos repelentes encontrados em farmácias.
Tanto na versão em creme quanto em spray, o repelente em barra tem duração duas vezes maior na embalagem. Além disso, também protege contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue e chikungunya.“Seria similar a um desodorante em bastão ou uma cola.A pessoa mexe no compartimento abaixo.
Para que a barra se eleve e aplica na pele deslizando. Não suja as mãos e não usa uma quantidade excessiva. Não tem o mesmo inconveniente do creme ou da loção de aplicar mais do que precisa e não ter como devolver ao tubo”, explica Edmilson José Maria, professor doutor do Laboratório de Ciências.
Químicas da Universidade do Estado do Norte Fluminense (Uenf), onde a novidade foi desenvolvida. Barrepel, o primeiro repelente em barra, criado por pesquisadores brasileiros,Para chegar à eficácia do repelente, batizado de Barrepel, os pesquisadores avaliaram o uso do produto, em comparação aos demais repelentes no mercado, em um indivíduo-modelo.
A pessoa avaliada tinha 1,72 m e 72 kg, e fazia uso do repelente duas vezes por dia, passando em braços e pernas — áreas descobertas do corpo.“Usamos o mesmo padrão para não ter comprometimento do estudo. Vimos que o repelente em creme durou 14 dias, o aerossol, 12 dias, e a barra teve uma duração de 29 dias.
Cinco horas na pele
Quando aplicado, o produto em barra tem um período de repelência de cinco horas, conforme o pesquisador. Em valores, o repelente em barra custa entre R$ 8 a R$ 10, cada um, e a capacidade de produção do laboratório é de 1,2 mil unidades por semana, de acordo com informações da FAPERJ.“Todo repelente.
apesar de ser classificado como um cosmético, deve ser dermatologicamente testado. O Barrepel mostrou que não causa nenhuma irritação e é hipoalergênico”, reforça o pesquisador. O produto também não deixa um cheiro característico dos repelentes, visto que contém aromas e fragrâncias de repelentes naturais e sintéticos.