Doenças Graves Causadas Por Mosquitos: Saiba Como Se Prevenir
Muitos mosquitos põem ovos na água parada. Dos ovos saem larvas, que depois se tornam mosquitos adultos. Uma forma de combater as doenças transmitidas por mosquitos é justamente evitar o acúmulo de água parada em vasos de plantas, latas vazias, pneus velhos, garrafas, etc. Caixas-d’água, tanques e outros reservatórios devem ficar sempre tampados.
Dengue
A dengue é causada por um vírus transmitido pela picada de duas espécies de mosquito.O mosquito transmissor da dengue é escuro e rajado (listrado) de branco. Menor que o pernilongo comum (muriçoca), ataca geralmente de dia e se desenvolve em água parada e limpa. A pessoa com o vírus tem febre alta, que pode passar dos 40 °C e se prolongar por vários dias.
Muita fraqueza e cansaço; dor nos olhos, nos músculos e nas articulações; vômitos; diarréia; manchas avermelhadas por todo o corpo. Pode ocorrer sangramento da gengiva e do nariz. É uma doença que exige tratamento médico, pois, se houver muito vômito ou diarréia, é necessário repor rapidamente a água e os sais minerais perdidos para evitar a desidratação.
Além disso, se uma pessoa contrair novamente a dengue por uma variedade diferente do primeiro vírus, ela pode ter uma forma mais perigosa da doença: a dengue hemorrágica.
Para prevenir a dengue, devemos:
– evitar o acúmulo de água parada em garrafas, latas, pneus, vasos de plantas, xaxins e outros recipientes;
– manter bem tampados caixas-d’água, poços, cisternas e outros depósitos de água;
– manter tratada a água de piscinas.
– Além disso, é preciso que a saúde pública combata o mosquito com inseticida.
Febre amarela
A doença é causada por um vírus transmitido pela picada de uma espécie de mosquito. Além de febre, dor de cabeça, vômitos e dores musculares, a febre amarela pode causar problemas em vários órgãos. A pessoa com febre amarela necessita de tratamento médico, já que em alguns casos essa doença pode ser fatal.
A prevenção é feita pelo combate ao mosquito e à sua larva, bem como pela vacinação dos moradores e dos visitantes das regiões atingidas. A mulher não pode tomar a vacina nos três primeiros meses de gravidez, pois há risco de causar problemas ao feto.
Os sintomas iniciais da febre amarela são:
– início súbito de febre;
– calafrios;
– dor de cabeça intensa;
– dores nas costas;
– dores no corpo em geral;
– náuseas e vômitos;
– fadiga e fraqueza.
A maioria das pessoas melhora após estes sintomas iniciais. No entanto, cerca de 15% apresentam um breve período de horas a um dia sem sintomas e, então, desenvolvem uma forma mais grave da doença. Depois de identificar alguns desses sintomas, procure um médico na unidade de saúde mais próxima.
E informe sobre qualquer viagem para áreas de risco nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas, e se você observou mortandade de macacos próximo aos lugares que você visitou, assim como picadas de mosquito. Informe, ainda, se você tomou a vacina contra a febre amarela, e a data.
Se você identificar macacos mortos na região onde vive ou está, informe imediatamente as autoridades sanitárias do município ou estado, de preferência, diretamente para a vigilância ou controle de zoonoses. O Ministério da Saúde, através da Secretaria de Vigilância em Saúde, elabora normas e coordena as ações de vigilância e controle da doença.
Também auxilia os estados e municípios na implementação e manutenção dessas ações, supervisiona as atividades e fornece a vacina contra a febre amarela.
IMPORTANTE: Os macacos não transmitem a febre amarella! Eles são importantes sentinelas para alerta em regiões onde o vírus da Febre Amarela está circulando. Marcacos mortos são analisados em examas específicos para detectar se a causa morte foi Febre Amarela, o que aciona o alerta de cuidado com as pessoas.
Malária
O plasmódio ataca o fígado e certas células do sangue, chamadas hemácias ou glóbulos vermelhos. Além de febre, a pessoa fica com anemia, que provoca tonturas, dores de cabeça, cansaço. Se não for tratada, a anemia pode provocar a morte.Também conhecida como maleita, impaludismo ou sezão, é causada por um micróbio chamado plasmódio.
Que é transmitido pela picada de um mosquito conhecido como mosquito-prego. Há medicamentos eficazes contra a doença, mas, além de tratar o doente, é fundamental combater o mosquito com inseticida, usar telas em portas e janelas e colocar mosquiteiros em camas e redes. As larvas do mosquito devem ser combatidas com produtos químicos e com peixes que se alimentam dessas larvas.
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. Toda pessoa pode contrair a malária. Indivíduos que tiveram vários episódios de malária podem atingir um estado de imunidade parcial, apresentando poucos ou mesmo nenhum sintoma no caso de uma nova infecção.
No Brasil, a maioria dos casos de malária se concentra na região Amazônica, nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Nas demais regiões, apesar das poucas notificações, a doença não pode ser negligenciada, pois se observa uma letalidade mais elevada que na região Amazônica.
A malária não é uma doença contagiosa. Uma pessoa doente não é capaz de transmitir a doença diretamente a outra pessoa, é necessária a participação de um vetor, que no caso é a fêmea do mosquito Anopheles (mosquito prego), infectada por Plasmodium, um tipo de protozoário. Estes mosquitos são mais abundantes nos horários crepusculares, ao entardecer e ao amanhecer.
Os sintomas da malária são:
– febre alta;
– calafrios;
– tremores;
– sudorese;
– dor de cabeça, que podem ocorrer de forma cíclica.
Muitas pessoas, antes de apresentarem estas manifestações mais características, sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.
A malária no mundo
Fala-se muito em AIDS, mas a malária é uma doença que também provoca grande número de mortes. Há cerca de 400 milhões de novos casos de malária por ano em todo o mundo (90% das pessoas atingidas pela doença vivem na África), provocando a morte de cerca de 2 milhões de pessoas por ano.
É uma doença típica de regiões tropicais. No Brasil, a doença atinge em torno de 500 mil pessoas por ano, a maioria na região amazônica.