Novas Espécies De Aranhas Descobertas Numa Única Expedição
Uma equipa de 23 cientistas a trabalhar em conjunto com o programa de pesquisa australiano Bush Blitz examinou a região, que nunca tinha sido investigada antes, e descobriu que a região pode vangloriar-se de ter uma extraordinária variedade de aracnídeos, os achados não teriam sido possíveis sem a ajuda dos guias.
Indígenas de Quinkan Country e de proprietários locais. A expedição também eneficiou de uma exuberante temporada de chuvas, que preparou o palco para novas descobertas todos os dias.“Sob uma rocha, por baixo de um barranco atravessado por uma fonte de água doce, encontrei espécies de seis ordens de aracnídeos”.
Conta o aracnólogo Robert Raven, do Queensland Museum, ao portal Australian Geographic. “Foi absolutamente espetacular ver todos estes seis grupos juntos”.Os novos animais precisam agora de ser formalmente classificados pela equipa. No entanto, há uma boa probabilidade de a maioria destas criaturas serem realmente desconhecidas até agora para a ciência.
Aranhas que comem formigas
Entre os novos achados estão aranhas que comem formigas e escapam à detecção imitando as suas presas, tarântulas, aranhas do tamanho de pratos de almoço e minúsculas aranhas saltadoras, como a Saliticidae Jotus sp. Nov. Cf auripes, retratada no topo desta página.Esta expedição é um lembrete valioso de quão ecologicamente ricas.
Podem ser algumas regiões nunca estudadas do mundo. Realizámos 34 expedições, mas é provável que esta expedição produza o maior número de descobertas de novas espécies até agora”, disse Jo Harding, directora da Bush Blitz, num comunicado à imprensa.“Com as mais de 1.200 novas espécies descobertas pela Bush Blitz.
Estamos lentamente a preencher lacunas no nosso conhecimento da biodiversidade australiana”, concluiu Harding.Repelente em barra, criado por brasileiros, promete proteção contra aedes, mas também contra outros insetos, como pernilongo comum Foto: Bigstock. O Instituto Butantan descobriu nove novas espécies de aranhas venenosas.
Projeto de classificação de aracnídeos da América do Sul
As descobertas foram realizadas a partir de um projeto de classificação de aracnídeos da América do Sul, que também detectou outras seis espécies com mais de um nome registrado.Nos últimos seis anos, todas as 21 espécies existentes na região foram revistas e descritas em detalhes. A denominação correta dos animais, segundo os pesquisadores, ajuda no trabalho de investigação de venenos, já que os soros devem ser específicos para serem eficientes.
“Até hoje, não se sabia nem se os animais encontrados eram de uma mesma espécie ou não”, explica Antonio Brescovit, pesquisador do Laboratório Especial de Coleções Zoológicas, que conseguiu identificar as novas espécies a partir de animais enviados por museus internacionais – de Nova York, Califórnia, Cambridge, Buenos Aires, Santiago do Chile e Paris.