O uso contínuo de um determinado inseticida, ou seja, de produtos de dedetização com o mesmo mecanismo de ação pode permitir que o inseto se torne insensível a eles, o que determina o fenômeno de resistência.
Para evitar que isso ocorra, sugere-se alternar os grupos de produtos inseticidas, em se tratando da mesma praga e do mesmo local. Em geral, sub-dosagens e frequência do número de aplicações favorece também o aparecimento da resistência.
A água ou a calda de dedetização empregada como veículo do inseticida também influencia esse mecanismo de resistência, devendo ser analisado o seu pH e evitando-se uso de caldas alcalinas, que degradam a maioria dos inseticidas.
Quanto à resistência, ela pode ser causada por processos:
- a) Físico;
- b) Enzimático;
- c) Redução da sensibilidade do local de ação.
A resistência por processo físico pode envolver maior ou menor capacidade de penetração das partículas dos inseticidas na cutícula do inseto, geralmente a do tarso como, por exemplo, o engrossamento da cutícula das moscas e mosquitos.
No processo enzimático, podem-se degradar os tóxicos antes que atinjam os órgãos vitais dos insetos, na redução da sensibilidade do local de ação, pode ocorrer sequestro das moléculas tóxicas, excreção rápida das mesmas, etc.
A resistência é denominada cruzada quando um único mecanismo confere resistência a dois ou mais grupos diferentes, ela é denominada múltipla quando pelo menos dois diferentes mecanismos de resistência conferem a dois ou mais inseticidas, não relacionados.