Temporada De Chuva e Calor Abre Alerta Contra Ataques De Animais Peçonhentos

Temporada De Chuva e Calor Abre Alerta Contra Ataques De Animais Peçonhentos

Temporada De Chuva e Calor Abre Alerta Contra Ataques De Animais Peçonhentos – 

Está aberta a temporada das picadas e dos venenos. Neste mês, e nos próximos do verão, lagartas, aranhas e escorpiões saem da toca em busca de aconchego e encontram nos armários, sapatos e roupas ambientes propícios para uma boa vida. É aí que mora o perigo.

Com animais peçonhentos tem aumentado a cada ano.Somente no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS), em 15 anos, a quantidade de pessoas, vítimas dos escorpiões, aumentou 61%, passando de 574 em 1994, para 928 em 2009. Por causa deles, de acordo com dados do HPS, é registrada média de 40 mortes por ano.

No estado. Em 2009, perderam a vida no estado 45 pessoas atacadas por escorpiões. Somente em outubro, o pronto-socorro recebeu 106 vítimas e 2010 pode bater o recorde de notificações por ataques do bicho.De acordo com o Ministério da Saúde, Minas é o estado com maior número de acidentes com animais peçonhentos.

Somente em 2008, o estado registrou 17,6 mil casos e, destes, 9.678 foram por causa dos escorpiões. Este ano, de acordo com expectativas do coordenador do Serviço de Toxicologia do HPS, Délio Campolina, o número de vítimas desse aracnídeo deve bater o recorde do hospital, que atende 10% de todos os acidentados no estado.

“Até o fim de outubro, registramos 877 casos e há a possibilidade de chegarmos a 1,1 mil.”A incidência de pessoas atacadas por animais peçonhentos levou a equipe do Hospital João XXIII a pesquisar o histórico epidemiológico dos últimos 14 anos em Minas. O estudo foi apresentado esta semana no 2º Fórum Científico da Fundação.


Periodos de Chuvas Ataques De Animais Peçonhentos

“O escorpião ainda é o responsável pelo maior número de casos. Tivemos um surto de lagartas Lonomia em 2005, e temos uma média mensal de 18 e anual de 214 casos de atendimento de pessoas afetadas. Já as serpentes, ainda que com menos incidência, continuam atacando muitas pessoas e, de janeiro de 1994 a dezembro de 2008.

Foram atendidas no HPS 2.465 vítimas, com uma média anual de 164 acidentes.”Tradicionalmente, de outubro até fevereiro, de acordo com Délio, é a temporada dos escorpiões. “Com as chuvas, eles saem dos esconderijos e acham nas casas suas defesas. As pessoas correm o risco de ser picadas e, se não procurarem atendimento médico.

Imediatamente, podem até morrer”, alerta Délio, destacando que a ameaça está por todos os cantos. “Em Belo Horizonte, por exemplo, podemos encontrá-los em vários pontos, até mesmo no Centro. Enfrentamos agora o período de pico. Se antes registrávamos dois casos por dia, passamos a registrar o dobro”,

Afirma, apontando que para evitar essa visita desagradável é bom manter a casa sempre limpa, afastando os insetos, que são os alimentos desse aracnídeo. “Sacudir camisas, calças, sapatos antes de usá-los ajudar a evita o risco de picadas.”


Animais Peçonhentos Perigosos

A espécie Tityus serrulatus, conhecida como escorpião-amarelo, é a mais comum em Minas, representando 90% dos casos. “Ela é uma das mais perigosas. Ao ser picada, a pessoa tem que correr para um hospital e receber o soro específico para conter a ação do veneno, que age muito rápido. Não se deve perder tempo .

A pessoa tem que ser hidratada corretamente. Há quem receba alta no mesmo dia e os que ficam uma semana em CTI por causa do veneno.”Délio Campolina também alerta para o aparecimento de lagartas e aranhas a partir de dezembro. A aranha-marrom é uma das mais perigosas. Apesar de medir cerca de dois centímetros.

enquanto a caranguejeira mede 20 centímetros, essa espécie pode levar suas vítimas à insuficiência renal e até hemorragias. “A caranguejeira solta pelos quando é ameaçada e as reações são alérgicas”, diz, destacando que as marrons se escondem em roupas, atrás de quadros e outros. Há cinco anos, BH viveu um surto de lagartas.

da espécie Lonomia obliqua , chegando em 2005 a registrar, no HPS, 504 casos, contra 50 em 1994. Elas têm espinhos venenosos que, em contato com a pele, podem causar graves sangramentos. “Antes, elas eram comuns no Sul do país, mas já migraram para cá.”Com o verão, começa também a temporada de animais peçonhentos.


Lagarta lonômia, ou ‘espinhenta’, pode causar graves acidentes

No ano passado, 77 pessoas morreram por causa de acidentes com animais peçonhentos em Minas Gerais. Ao todo, foram 50 mil acidentes notificados, sendo que a maioria deles envolveu escorpiões. E é justamente no verão que este número aumenta, já que, com a temporada de chuvas e calor.

“Nos meses do verão, dezembro a março, há um aumento no número de acidentes por animais peçonhentos em relação aos demais meses do ano. Mais de 40% dos acidentes são registrados nessa época. Isto porque há um aumento no crescimento da população destes animais no período”, explica a coordenadora de Zoonoses.

e Vigilância de Fatores de Risco Biológicos da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Mariana Gontijo.Embora os principais causadores dos acidentes sejam os escorpiões, as ocorrências registradas envolvem também cobras, formigas, abelhas, vespas, marimbondos, lagartas, lacraias e aranhas.

Eles podem ser encontrados perto de casas, jardins e parques, em áreas urbanas ou rurais.Em caso de acidentes, a SES-MG orienta a manter a calma, evitar movimentos desnecessários e manter o membro acometido mais elevado em relação ao restante do corpo. Além disso, é preciso procurar, o mais rápido possível.


Lagartas espinhudas

As lagartas, por exemplo, popularmente conhecidas como taturanas e mandorová, também costumam provocar acidentes, as chamadas queimaduras. Embora sejam, na maioria dos casos, machucados inofensivos, é preciso ter atenção, especialmente com as lagartas do gênero Lonomia, pertencentes à família Saturniidae (lagartas “espinhudas”).

Elas podem causar acidentes graves.Vivendo em grupos, estas lagartas possuem cerdas urticantes em forma de espinhos, semelhantes a pequenos pinheiros verdes distribuídos no dorso da lagarta, presença de mancha branca em formato de ‘U’ perto da cabeça e corpo com estrias horizontais predominantemente marrons.

Caso a lagarta não apresente estas três características, não pode ser considerada Lonomia mesmo que se pareça com uma. A inoculação do veneno no corpo do paciente ocorre por meio do contato destas cerdas urticantes com a pele, causando dermatite pápulo-pruriginosa.Este ano, ainda não foram notificados acidentes com lonômias.

, mas em 2017 foram 136 notificações e no ano passado, 263.De acordo com a Referência Técnica Estadual do Programa de Vigilância e Controle dos Acidentes por Animais Peçonhentos da SES-MG, Andréia Kelly Roberto Santos, nos acidentes com lonômias podem aparecem complicações como sangramento na gengiva .

“Em caso de acidente, o ideal é lavar o local da picada com água fria ou gelada e sabão. Em seguida, deve-se encaminhar a pessoa imediatamente ao serviço de saúde mais próximo para que possa ser avaliada e receber o tratamento adequado, se necessário. Se for possível, é recomendado capturar a lagarta e levá-la até o atendimento.

porque assim fica mais fácil definir a conduta clínica, principalmente sobre a necessidade ou não de solicitação de exames periódicos ou observação prolongada”, explica.Normalmente, os acidentes com lagartas ocorrem quando o indivíduo toca o animal, geralmente em tronco de árvores ou ao manusear vegetação. 


Veja como evitar acidentes com animais peçonhentos

A melhor forma de evitar os acidentes é adotar medidas de prevenção. Como o contato com os animais peçonhento ocorre, geralmente, durante a realização de atividades que envolvem a manipulação de galhos, troncos, folhas e coleta de frutos, recomenda-se atenção especial nessas ocasiões, principalmente com as crianças.

A especialista Mariana Gontijo recomenda manter limpos quintais e jardins das residências, não acumular folhas secas e lixo domiciliar. Também evitar a formação de ambientes favoráveis ao abrigo de escorpiões, como obras de construção civil e terraplenagens que possam deixar entulho, superfícies sem revestimento e umidade.

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