Uso Seguro e Responsável de Raticidas

Uso Seguro e Responsável de Raticidas

Uso Seguro e Responsável de Raticidas – De todas as pragas urbanas que incomodam os seres humanos, os ratos são, sem dúvida os piores e mais perigosos.

Os ratos trazem sérios riscos e prejuízos aos seres humanos pois têm hábitos furtivos, contaminam alimentos, roem tecidos, madeiras, plásticos e outros, destroem lavouras, principalmente de grãos e transmitem doenças como a leptospirose e peste bubônica. Para eliminá-los são usados raticidas (ou rodenticidas), compostos químicos altamente tóxicos não só a ratos, mas a roedores em geral.
Iremos, neste artigo, explorar o universo dos raticidas e verificar quais são os cuidados necessários para que se possa utilizar um composto como este, que é altamente tóxico e que pode, se usado de forma irresponsável, trazer riscos para a saúde das pessoas (em especial, das crianças) e de animais domésticos.

O que é um raticida?

Raticidas (ou rodenticidas) são compostos químicos altamente tóxicos não só a ratos, mas também para seres humanos e animais domésticos se não forem administrados respeitando-se os procedimentos de segurança indicados para o uso deste tipo de produto, que é perigoso. Se usado incorretamente ou de forma irresponsável, por agentes mal treinados, estes produtos podem ser extremamente prejudiciais.

Antigamente os raticidas utilizados eram inorgânicos, à base de tálio, arsênio, fluoracetatos, substâncias extremamente tóxicas. Com o passar do tempo, esses compostos foram substituídos por orgânicos como a warfarina, cumarina e indandionas.

Os raticidas são classificados em agudos e crônicos. Os agudos, como o arsênio, a estricnina, o sulfato de tálio causam a morte do roedor em até 24 horas após a ingestão, foram proibidos no Brasil pois são altamente tóxicos, não são específicos e muitos não têm antídoto (substância que impede ou neutraliza a ação do veneno).

Os raticidas crônicos têm efeito contrário, isto é, levam o roedor à morte em alguns dias após a ingestão, são largamente utilizados em todo o mundo por serem seguros e por existir antídoto (vitamina K injetável).

Quais os raticidas mais comuns?

Os raticidas são apresentados no mercado atualmente sob uma ampla gama de formatos: sob a forma líquida, pós, iscas granuladas e blocos sólidos parafinados. As duas primeiras não são frequentes; os granulados, por sua vez, são muito comuns. Os raticidas são divididos em 2 grupos: raticidas agudos e raticidas crônicos (anticoagulantes).

Atualmente, os raticidas têm efeito anticoagulante, ou seja, impedem o processo de coagulação sanguínea provocando hemorragias, o que leva o roedor à morte. O mecanismo de ação desses raticidas se dá pela inibição da síntese, no fígado, de vitamina K, muito importante no processo da coagulação sanguínea. A substância pode permanecer no tecido do animal ainda que ele seja tratado.

O uso de raticida anticoagulante apresenta grande segurança. Em casos acidentais de envenenamentos de seres humanos e de animais, há um antídoto muito confiável: a vitamina K1. Eles se dividem em anticoagulantes de dose única (como o brodicafum e bromadiolone) ou dose múltipla (derivados da hidroxicumarina, como varfarina, cumacloro, cumafuril, cumatetralil, cumafeno e cumarina).

Os raticidas de dose múltipla (1ª geração) precisam sem ingeridos por ratos de 2 a 5 noites seguidas (o efeito destes raticidas é acumulativo no organismo do roedor). A maior vantagem deste tipo de raticida é que os ratos não percebem o que  está causando a morte dos companheiros e continuam a comer o raticida até a eliminação da colônia.Se eles comessem e morressem imediatamente, os demais ratos iriam evitar a isca, tornando o veneno ineficiente em função do comportamento dos animais.

Os raticidas anticoagulantes de dose única (2ª geração – brodicafum e bromadiolone) agem de forma diferente: Basta que o roedor coma a isca com raticida uma única vez. A morte ocorre cerca de 3 a 5 dias depois (às vezes, até 14 dias). Recomenda-se 2 aplicações, no mínimo, a intervalos de 8 dias, para apanhar os roedores que não tiveram a oportunidade de comer as iscas.

Os raticidas agudos, como a estricnina (tipo de raticida comum, porém de uso proibido, age aumentando a excitabilidade reflexa da medula espinhal, assim, o controle normal dos estímulos neurais é perdido, provocando a contração simultânea de todos os músculos do corpo), arsênio, alfa-naftil-tio-uréia (ANTU), sila vermelha, fluoracetato de sódio, sulfato de tálio, fosfeto de zinco, piriminil-uréia e norbomida, estão TODOS proibidos no mercado.

Estes raticidas provocam a morte do roedor, em média, dentro das primeiras 24 horas após a ingestão, mas são extremamente perigosos para outros seres vivos, como animais domésticos e NÃO TEM ANTÍDOTO! Nunca utilize Raticidas Clandestinos! Eles podem custar a vida de pessoas e animais domésticos!

Quais os cuidados na administração de raticidas?

Os raticidas são produtos muito perigosos. Todos são de alta toxidade e apenas os mais modernos (anticoagulantes) possuem antídoto, que deve ser administrado com urgência após a ingestão acidental do veneno.

É fundamental que, ao contratar uma empresa de desratização, você se certifique que a empresa possui profissionais qualificados, como biólogos, químicos e pessoal de operação amplamente treinado no uso, aplicação e descarte destes elementos.

Em geral, os raticidas são aplicados em caixas-iscas que protegem as iscas das intempéries (chuva, umidade, e sol) e de eventuais contatos de pessoas e animais domésticos. Elas podem ser fabricadas em diversos materiais e cores. Em geral, tais caixas-iscas são afixadas na parte exterior de edifícios, presos junto às paredes, fechadas com chave e fortemente fixadas no solo para que elas não se mexam durante a visita do roedor e o mesmo se sinta protegidos.

É importante que todos os trabalhadores e moradores que trabalham e residem nas imediações dos locais onde ocorre a aplicação do raticida sejam devidamente avisados sobre tais aplicações. Os produtos regularmente registrados contém rótulos com todos os avisos de segurança pertinentes ao raticida utilizado. As empresas fornecem nestes rótulos todas as informações sobre o produto, possibilitando o acesso rápido em caso de acidente com contaminação.

Cuidados com crianças, animais domésticos e meio ambiente

Na ocorrência de ingestão acidental de alguns raticidas tanto por humanos quanto por animais domésticos pode causar intoxicações graves, insuficiência renal aguda, necrose hepática, choque hipovolêmico e óbito em, no máximo, quatro dias.

Caso isso aconteça é recomendável procurar assistência médica imediatamente.Um exemplo é quando os ratos, já infectados pelo raticida, são caçados por gatos, que podem morder o rato e serem envenenados. É fundamental estar atento aos felinos, principalmente os domésticos, para evitar este tipo de acidente, já que o instinto de caça deles costuma ser muito apurado.

No caso de crianças, o contato com o veneno só ocorre caso a isca esteja desprotegida. Além disso, é fundamental que todas as iscas possuam em sua composição uma substância amarga (geralmente “Bitrex”, ou “Benzoato de Denatonium”) que ajuda a prevenir a ingestão acidental de quantidades significativas por seres humanos.

Em função disso, é fundamental que a empresa responsável pela desratização siga rígidos protocolos de segurança nas aplicações, de acordo com as orientações do fabricante. Caso seja necessário efetuar misturas químicas, os recipientes usados tem que ser levados junto da equipe e não podem ser descartados no local, nem em locais próximos. O descarte de qualquer material que tenha tido contato com o raticida deve ser feito adequadamente, seguindo, também, normas de segurança.

Além disso, se os roedores são a principal presa de um determinado predador natural, esta espécie pode ser indiretamente afetada pelo raticida (risco secundário). Por isso, é fundamental que as iscas sejam dispostas em locais fechados, em caixas protegidas.

Todas essas informações são de grande importância para a segurança da sua família e deve-se ser verificada na hora de comprar esses produtos tóxicos. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, em 2010, mais de 103 mil pessoas foram intoxicadas no Brasil e 1570 animais também sofreram intoxicação e/ou envenenamento causados pela má utilização de produtos para o combate de pragas urbanas.

Tome cuidado e evite comprar produtos que não sejam autorizados ou solicitar serviços de empresas que não possuam as certificações necessárias, fornecidas por órgãos competentes, acerca do uso destes produtos e dos procedimentos de utilização dos mesmos.

A Dedetizadora em porto alegre vem fazendo esforços para manter sempre uma equipe altamente treinada e capacitada, com biólogos e químicos, além de pessoal operacional amplamente educado acerca das normas, procedimentos, técnicas e demais especificidades do mercado de controle de pragas urbanas para levar até você, cliente, o melhor e mais seguro serviço.

Contamos com certificações de todos os órgãos competentes, para que você tenha a certeza de que pode ficar tranquilo em relação ao serviço prestado por nós. Precisando exterminar ratos com segurança, tranquilidade e conforto? Fale com a gente!


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